Segundo turno trouxe bons resultados para o PCdoB
Destaque, Opinião 31 de outubro de 2012 22:19
Destaque, Opinião 31 de outubro de 2012 22:19
por Jandira Feghali
O Partido Comunista do Brasil saiu do processo eleitoral com
muitos motivos para comemorar.
Elegeu 56 prefeitos e 971 vereadores em todo o país. No segundo turno
foram vitórias marcantes: Belford Roxo, com Dennis Dauttmam; Jundiaí, com Pedro
Bigardi; Contagem, com Carlin Moura. Elegemos, ainda, a vice-prefeita da cidade
de São Paulo, Nádia Campeão e o vice-prefeito de Rio Branco, Márcio Batista.
O PCdoB apresentou candidatos combativos que, não raro,
enfrentaram as adversidades de uma campanha nem sempre voltada para as
propostas de cada candidato. Aliás, o preconceito contra nossa legenda
demonstrou a falta de conhecimento das nossas ideias, como também atingiu
candidatos de várias legendas numa ocorrência crescente nos pleitos eleitorais.
A disputa pelo voto tem levado ao uso inescrupuloso de inverdades, calúnias,
acusações pessoais, misturas indevidas de política e religião, com desrespeito
à história de luta e história pessoal, desrespeito às famílias dos candidatos e
candidatas, chegando ao ponto de formatarem falsas formulações fundamentalistas em panfletos apócrifos e outras
formas de comunicação.
A esses, lembro que foi um deputado comunista, Jorge Amado,
que incluiu na Constituição de 1946 a liberdade de culto religioso. Nosso
partido abraça a diversidade, inclusive religiosa e tem em seus quadros homens
e mulheres que não se envergonham por seguir uma crença. A defesa do Estado laico
é uma questão democrática. Entendemos que só assim é possível garantir o
princípio constitucional da igualdade de direitos, sem distinção de origem,
etnia, sexo, cor, idade, religião, orientação sexual ou quaisquer outras
características.
Os ataques valorizaram nossas vitórias e estou certa que
nossos candidatos eleitos responderão com gestões competentes, transparentes,
pautadas pela ética e pelo respeito aos cidadãos de cada município. Mas é
preciso superar a despolitização e o baixo nível das campanhas eleitorais. A
luta democrática exige que se as disputas se façam em torno das ideias e
projetos. Que tenhamos financiamento público de campanha para reduzir o peso do
poder econômico. Que a política seja vista como algo transformador e não seja
transformada em pauta policial. Que consigamos democratizar a comunicação e
seus instrumentos de difusão. Que a democracia seja feita pelos cidadãos
conscientes, pelos partidos políticos, pela sociedade organizada nas suas mais
diversas formas, pois a negação da política nos vulnera e fragiliza. As
soluções são coletivas e se dão no plano da política. Da boa política!!! Viva a
democracia.
Extraído de SigaJandira