segunda-feira, 4 de julho de 2011

I Fórum Municipal de Religiosidade Afro-brasileira do PCdoB - Dando ciência

I Fórum Municipal da Religiosidade Afro-Brasileira do PCdoB-Rio - Dando ciência

Em 29 de junho foi realizado o 1º Fórum Municipal da Religiosidade Afro-Brasileira do PCdoB – cidade do Rio de Janeiro.

Considerando os princípios do Partido e a especificidade deste 1º Fórum, os/as religiosos/as que atuaram na organização decidiram instalar o Fórum na própria sede do Comitê Municipal do Partido (Praça Tiradentes 10/29º andar - Centro –RJ), cujo espaço se tornou pequeno para abrigar representantes das Casas de Culto, filhos e filhas da religiosidade, cidadãs e cidadãos da etnia Cigana, além de reconhecidos representantes do movimento negro do Rio de Janeiro.

Para interação dos/as participantes e apresentação dos princípios que motivaram a realização deste Fórum, a mesa foi anunciada e composta por
  • Giancarlo Gonçalves, Presidente da ASPUC*;
  • pelo Presidente do Comitê Municipal da Capital Rio, Romário Galvão Maia;
  • pelo Vice-Presidente do Comitê Municipal da Capital Rio, Marcos Oliveira (Marcão);
  • pela Presidente da Comissão Estadual, Ana Maria Santos Rocha;
  • por representantes da UNEGRO*,
  • pelo dirigente do Municipal Roberto Fernandes;
  • pelo representante da Umbanda, Armando Villa;
  • pela representante do Candomblé, Regina Célia;
  • pela representante do Catimbó, Daniela Teixeira;
  • pelo representante da IRMAFRO*, Renato Ferreira;
  • pela representante da etnia Cigana, Mirian Stanesco (que atualmente é conselheira da SEPPIR*);
  • pela coordenadora de Memorial Lélia Gonzalez, Ana Maria Felippe.
As falas que se seguiram, pela ordem, deram as boas vindas aos representantes das religiões afro-brasileiras, bem como da etnia cigana, identificando a importância da iniciativa para os propósitos socialistas do PCdoB que não pode deixar de incluir conhecimentos e culturas que são fundamentos na constituição da brasilidade.

Representantes das nações religiosas e da etnia cigana falaram sobre a importância e o significado de cada uma e deram realce ao fato de um partido de base popular se voltar, na cidade do Rio de Janeiro, para essas manifestações que, muito ao contrário das ideologias racistas excludentes, se constituem como realidades litúrgicas de fé e manifestação do Sagrado que acontecem nas Casas de Culto - ou no seio de um grupo - em prol da grandeza espiritual, da solidariedade, da caridade; para o equilíbrio e o crescimento de todas as criaturas.

Destaque das falas dos representantes do PCdoB, das religiões afro-brasileiras e da etnia cigana foi a necessidade de conhecimento mútuo dos princípios e valores que norteiam cada segmento: político, religioso e étnico.

Conforme o entendimento dos/as participantes, o Fórum está consolidado, a partir de agora, como um espaço da religiosidade do seguimento religioso afro-brasileiro e da etnia que, com o trabalho e a seriedade característicos dos participantes e da realidade do tema, tem plena condição de impulsionar o movimento para a efetivação desse diálogo, inclusive ampliando a abrangência das Casas e etnias.

A partir desse 1º Fórum, o grupo atuará no que foi denominado de “Movimento de Religiosidade Afro-brasileira” (MR-Afro do PCdoB Rio) e estará imbuído da responsabilidade de discutir e definir posições diante das necessidades urgentes da implantação de Ações Afirmativas que se evidenciam nas Garantias, no Cumprimento de Leis existentes (e em sua ampliação), para o estabelecimento de Políticas Públicas para a população das Comunidades de Terreiro e etnias.

A abertura do evento contou com o toque dos três atabaques "rum", "rumpi" e "le" que, sob a regência de Ogan Cotoquinho, entoaram os ritmos ”adabi”, “adarrum”, “aguere”, “alujá”. Beatriz Nascimento (Princesa da Voz da Umbanda) entoou o Hino da Umbanda e a cantiga “Ilê é pra quem tem Fé” (de Mãe Eulina de Iansã), no que foi acompanhada pelos/as participantes. Ao final, um toque para Oxalá, com “Onisa urê”, com desejos de entendimento, propostas concretas e vitória nos encaminhamentos para a dignificação de todos e todas envolvidos no trabalho, mas sobretudo para a população brasileira que faz a grandiosidade deste País.

Dentre os/as mais de 180 participantes, o evento contou com Yalorixás, Babalorixás, Zeladores e Zeladoras respeitados/as e reconhecidos/as na cidade do Rio de Janeiro e entorno, a quem muito agradecemos a presença e a disposição para o trabalho conjunto, marca de nossa atuação “da porteira para dentro” e que precisa ser reconhecida “da porteira para fora”.

* ASPUC - Associação de Proteção aos Umbandistas e Candomblecistas
* UNEGRO - União de Negros e Negras Pela Igualdade
* IRMAFRO - Irmandade Religiosa de Cultura Afro-brasileira
* SEPPIR - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

Informou MR-Afro
em 04 de julho de 2011