quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Poeta e revolucionária Laura Brandão: 70 anos de falecimento


Poeta e revolucionária Laura Brandão faz 70 anos de falecimento

Nascida no Rio de Janeiro, em 1891 e falecida em Ufá (Rússia), em 1942, Laura da Fonseca e Silva foi poeta, heroína da Rússia, humanista, educadora, ativista revolucionária, uma das primeiras mulheres brasileiras a lutar pelos direitos femininos. Era casada com o escritor Octavio Brandão.

Em 1931, chegou Laura chegou a então URSS, exilada do governo Vargas no Brasil. Locutora do Rádio Central de Moscou lutou contra as tropas nazistas que chegavam às portas da capital da então União Soviética.

A história dessa poetisa carioca é algo fantástico e que mereceria a produção de mais livros, filmes e documentários, até porque ela foi uma das primeiras mulheres brasileiras a lutar pelos direitos femininos. Em sua produção poética cantou o Rio de Janeiro, o Brasil e a humanidade, em hinos e sonetos de amor ao belo, à natureza, enfim a tudo que harmonizava na sua vida e o convívio com figuras como Olavo Bilac, Augusto dos Anjos, Coelho Neto, Rui Barbosa, Tarsila do Amaral e outros tantos.

Mas a revolucionária não pode contemplar a derrota hitleriana, nem tão pouco repousar na sua baia de Guanabara. Falecida em 1942, em Ufá, na Basquíria, nas encostas ocidentais dos montes Urais, seu corpo por lá repousou por alguns anos, numa gélida região de 60 graus. Em 1965, seus restos mortais foram trasladados de Ufã para Moscou, sendo sepultada no cemitério de Novodevitchi, onde heróis, intelectuais e figuras renomadas da Rússia lá estão. Ao lado destes todos, a heroína brasileira, exilada da era-Vargas.

Seus admiradores brasileiros, tendo a frente José Roberto Guedes de Oliveira estão procurando apoiadores e patrocinadores para a edição de uma antologia da poeta. Mais informaçoes com o próprio em: Guedes.idt@terra.com.br .

Extraído de Boletim CPC Aracy de Almeida - Ano VII - no.105 - 06/02/2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário